Caro Professor Cacá,
Venho ratificar seus argumentos quanto ao equilíbrio de
conseqüências que nos pode trazer a Internet. Diante do pragmatismo
mundial, a rede se tornou instrumento inseparável do desenvolvimento.
São atualizações instantâneas de informações corriqueiras, fontes
diversas para pesquisas, troca rápida de mensagens e conteúdos, entre
outros benefícios.
É fato que a Internet tem-nos facilitado as relações
interpessoais, seja no campo profissional ou pessoal, e por que não
dizer que ela tem melhorado o nosso padrão de vida, elevando os níveis
de praticidade e conforto?
Todavia, é importante lembrar e enumerar alguns dos
problemas oriundos do uso da rede mundial. A banalização do sexo, a
violência ali exposta e a apologia inadequada a determinados grupos são
o reflexo de uma sociedade que se desequilibrou diante dessa nova
ferramenta. Não tendo sido citada em seu texto, acho necessário
adicionar entre esses pontos a exclusão digital que com a crescente
acessibilidade da classe média e rica, passou a novamente marginalizar
os pobres.
Enfim, é tudo, mais uma vez, questão de sobrevivência. O
ser humano precisa ser o mais rápido e multifuncional, venham então, as
facilidades que vierem. A Internet é, sim, um das maiores invenções
neste sentido.
Atenciosamente,
Grande Rede
Brasília, 30 de julho de 2009.
Excelentíssimo Senhor Presidente José Sarney,
Com as minhas considerações, venho tratar de um assunto
bastante recorrente na mídia nos últimos meses, o qual envolve
diretamente V. Exa., como Presidente do Senado Federal, Casa pela qual
tenho o maior respeito. Trata-se de denúncias de favorecimento a vários
senadores, por via de Atos Secretos, inclusive o Senhor, fato que
envergonha a todos nós, brasileiros.
A minha visão é de que o Senhor Presidente deveria
pedir afastamento do cargo. Sem querer fazer um julgamento precipitado,
até porque todos são inocentes até que se prove o contrário, o fato é
que as denúncias existem e não são simples. São muitos os indícios de
beneficiamento ilícito, como casos de nepotismo e aumento de verba
indenizatória, sem publicação nos devidos órgãos de imprensa oficiais.
Vossa Excelência aparece ligado a diversos desses Atos e, por isso,
acho que sair, pelo menos temporariamente, seria uma prova de que
pretende colaborar com as investigações.
Tais investigações constituem um elemento decisivo para
a transparência pública, uma vez que a sociedade precisa ter
conhecimento de como o dinheiro de seus impostos e tributos estão sendo
aplicados. Num país em que a educação e saúde, só para citarmos duas
áreas, costumeiramente vão de mal a pior, é inadmissível aceitarmos que
ocorrências dessa natureza sejam consideradas normais. Por esse
motivo, entendo que o Excelentíssimo Senador deve pedir licença,
visando sempre ao interesse público.
Como cidadão brasileiro, consciente de minhas
obrigações e direitos, é este o meu posicionamento. Se quem não deve
não teme, dê-se a chance de esclarecer o que Senhor mesmo chama de
“denúncias infundadas”, e isso só pode ser feito a partir do momento em
que não mais ocupar a Presidência dessa Egrégia Casa, pois a sua
imagem estará desvinculada de toda e qualquer “manobra” que porventura
exista para não prolongar o caso.
Com os meus respeitos.
Povo Consciente.
Gravilândia, GV, 25 de dezembro de 2003.
Querida filha,
Tenho-a
criado da melhor maneira que um pai poderia fazer, considerando as
condições por que sempre passamos no decorrer de nossas vidas. Apesar
das dificuldades, nunca deixei de lhe dar o melhor de mim, procurei
educá-la pensando em garantir um futuro digno para você e futuros
descendentes. Entretanto, algumas de suas atitudes têm me incomodado um
pouco ultimamente.
Sem
querer bancar um pai “careta”, tenho me preocupado muito sobre a
maneira como tem encarado as coisas em sua volta. Depois que conheceu
aquele seu namorado, você virou a cabeça, jogou tudo para o alto e
passou a cometer algumas imprudências: a maior delas, a falta de
cuidados na prevenção de doenças ou de uma possível gravidez
indesejada. Isso me deixa perplexo, principalmente pelas informações
que você teve oportunidade de adquirir esses anos, o que naturalmente
exigiria uma atitude totalmente diferente.
Lembre-se,
não sou contra a sua maternidade. Aliás, considero o maior privilégio
que uma mulher pode ter. Apenas não quero, caso isso venha a se
concretizar prematuramente, vê-la desesperada pelos cantos, sem saber
como agir pelo fato de não tê-la planejado. Vivemos num mundo recheado
de mecanismos que ajudam a prevenir a gravidez, temos camisinha como o
método mais conhecido, além de outros que você certamente os conhece.
Por isso, peço-lhe que reflita um pouco sobre suas atitudes, você ainda
nem concluiu o Ensino Médio, lembra? E o vestibular, o seu sonho de ser
jornalista, de brigar pelos direitos dos mais fracos, como sempre
dizia almejar quando era criança? Deixou-os de lado? Creio que não.
Filha,
às vezes os sonhos podem ser interrompidos por falta de consciência. E
é isso que lhe peço como alguém que a ama desde os seus primeiros
passos, desde a época em que ainda segurava em sua mão para que andasse
sem riscos de cair. Tome mais cuidado, previna-se; não jogue fora os
seus anseios, as suas vontades, o seu futuro. Una o útil ao agradável.
Divirta-se, sim, mas com prudência. E quanto ao resto, pode contar
comigo e com a sua mãe, você sabe que estamos sempre prontos para dizer
uma palavra de conforto, de apoio, de amor. Aquele amor insubstituível,
que sentimos em nossos corações por essa linda menina que, num piscar
de olhos, já virou mulher.
De seu pai que a ama profundamente,
Metódio Contraceptus
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Currais Novos (RN), 08 de outubro de 2010.
Excelentissimo Senhor Ministro,
Com os meus cumprimentos, venho ponderar-lhe
alguns pontos a respeito da legislação que rege os Planos de Saúde em
nosso País, teoricamente responsáveis por uma garantia de bem-estar da
população que lhes adere.
Mesmo para quem está munido de convênios dessa natureza, o senhor há de convir que a população sofre, e muito, com o atendimento dispensado aos credenciados. Como se não bastasse a situação da saúde pública em nosso País, ainda temos que presenciar casos em que, ainda se pagando caro (também pagamos pela saúde do Estado), os usuários ficam à espera horas e horas para serem atendidos como se estivessem na fila do SUS.O mais grave, no entanto, Excelência, é que os Planos de Saúde em geral falham quando deles se mais necessita. Nem todos cobrem procedimentos mais delicados, o que acaba por tornar injustificável, muitas vezes, a contratação desse serviço. Tudo isso ocorre, e o Ministro bem sabe, porque nossa legislação não regulamenta com especificidade e clareza o que as empresas devem realmente cumprir. No geral, os pacientes ficam sem alternativas, tendo de recorrer ao âmbito público, causando um inflacionamento na demanda dos procedimentos.
Por essas razões, peço-lhe que, na qualidade de Gestor maior da saúde em nosso país, o senhor faça intermediação com os nossos parlamentares a fim de estabelecer normas realmente concretas em relação aos serviços de qualquer natureza prestados pelas seguradoras da saúde. Leis devem mudadas e/ou criadas para eliminar de vez toda e qualquer “manobra” que venha a causar prejuízo à integridade dos usuários. Afinal, quem escolhe aderir a um plano de saúde, fá-lo por já não dispor na Saúde Pública da garantia e segurança de que precisa para os casos mais graves e imprevistos a que estão sujeitos. Com saúde, não se brinca.
Mesmo para quem está munido de convênios dessa natureza, o senhor há de convir que a população sofre, e muito, com o atendimento dispensado aos credenciados. Como se não bastasse a situação da saúde pública em nosso País, ainda temos que presenciar casos em que, ainda se pagando caro (também pagamos pela saúde do Estado), os usuários ficam à espera horas e horas para serem atendidos como se estivessem na fila do SUS.O mais grave, no entanto, Excelência, é que os Planos de Saúde em geral falham quando deles se mais necessita. Nem todos cobrem procedimentos mais delicados, o que acaba por tornar injustificável, muitas vezes, a contratação desse serviço. Tudo isso ocorre, e o Ministro bem sabe, porque nossa legislação não regulamenta com especificidade e clareza o que as empresas devem realmente cumprir. No geral, os pacientes ficam sem alternativas, tendo de recorrer ao âmbito público, causando um inflacionamento na demanda dos procedimentos.
Por essas razões, peço-lhe que, na qualidade de Gestor maior da saúde em nosso país, o senhor faça intermediação com os nossos parlamentares a fim de estabelecer normas realmente concretas em relação aos serviços de qualquer natureza prestados pelas seguradoras da saúde. Leis devem mudadas e/ou criadas para eliminar de vez toda e qualquer “manobra” que venha a causar prejuízo à integridade dos usuários. Afinal, quem escolhe aderir a um plano de saúde, fá-lo por já não dispor na Saúde Pública da garantia e segurança de que precisa para os casos mais graves e imprevistos a que estão sujeitos. Com saúde, não se brinca.
Respeitosamente,
Saúde abalada
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Currais Novos, RN, 12 de maio de 2011.
Santíssimo Papa Bento XVI,
Assunto
complexo é o que alude ao casamento envolvendo padres vinculados a
essa Instituição, coordenada por Vossa Santidade, matéria bastante
comentada, especialmente no Brasil, onde mais de 7 mil sacerdotes
encontram-se em tal situação de matrimônio ou em união estável.
Sou sabedor de que a Santa Igreja apóia-se em dogmas milenares, construídos paulatinamente, os quais preceituam a dedicação exclusiva de seus servos, exigindo-lhes não manterem qualquer relacionamento conjugal. V.S. haveria de me afirmar que um padre não teria tempo para várias atribuições, o que considero equívoco, visto que a geração corrente não deve ser comparada a civilizações antigas. Estamos na era em que as pessoas conseguem atender a vários chamados simultaneamente, sem, no entanto, haver interferência entre um e outro e, sinceramente, não enxergo incompatibilidade entre exercer a função de um sacerdote e constituir família.
Não querendo contrariar as doutrinas que regem o Cristianismo, sugiro a Vossa Santidade analisar, junto aos conselhos que compõem o Vaticano, se não seria hora de rever alguns conceitos estabelecidos pelo Catolicismo, adequando-os ao nosso tempo. Em minha visão - repito - não existe qualquer empecilho que para que essa mudança seja considerada. Sem querer comparar, a maioria das outras denominações religiosas permite que seus representantes possam conviver com uma mulher, ter filhos e, ainda assim, eles permanecem a serviço da Palavra de Deus, inclusive vivenciando na prática aquilo que ensinarão a seus fiéis.
É assim que me pronuncio, respeitando os preceitos que orientam a religião católica. Penso, Santo Padre, que o tema é deveras árduo, mas precisa ser discutido. Ao liberar o casamento para os sacerdotes da Igreja, o Vaticano poderia, quem sabe, estar contribuindo para que alguns escândalos vivenciados pela Instituição fossem amenizados. Padres são seres comuns, de carne e osso, ainda que tenham o dom espiritual e retórico de nortear o bom caminho a seus seguidores. Precisam ter uma esposa, filhos, uma família própria, vivendo com consciência tranqüila e necessidades satisfeitas.
Sou sabedor de que a Santa Igreja apóia-se em dogmas milenares, construídos paulatinamente, os quais preceituam a dedicação exclusiva de seus servos, exigindo-lhes não manterem qualquer relacionamento conjugal. V.S. haveria de me afirmar que um padre não teria tempo para várias atribuições, o que considero equívoco, visto que a geração corrente não deve ser comparada a civilizações antigas. Estamos na era em que as pessoas conseguem atender a vários chamados simultaneamente, sem, no entanto, haver interferência entre um e outro e, sinceramente, não enxergo incompatibilidade entre exercer a função de um sacerdote e constituir família.
Não querendo contrariar as doutrinas que regem o Cristianismo, sugiro a Vossa Santidade analisar, junto aos conselhos que compõem o Vaticano, se não seria hora de rever alguns conceitos estabelecidos pelo Catolicismo, adequando-os ao nosso tempo. Em minha visão - repito - não existe qualquer empecilho que para que essa mudança seja considerada. Sem querer comparar, a maioria das outras denominações religiosas permite que seus representantes possam conviver com uma mulher, ter filhos e, ainda assim, eles permanecem a serviço da Palavra de Deus, inclusive vivenciando na prática aquilo que ensinarão a seus fiéis.
É assim que me pronuncio, respeitando os preceitos que orientam a religião católica. Penso, Santo Padre, que o tema é deveras árduo, mas precisa ser discutido. Ao liberar o casamento para os sacerdotes da Igreja, o Vaticano poderia, quem sabe, estar contribuindo para que alguns escândalos vivenciados pela Instituição fossem amenizados. Padres são seres comuns, de carne e osso, ainda que tenham o dom espiritual e retórico de nortear o bom caminho a seus seguidores. Precisam ter uma esposa, filhos, uma família própria, vivendo com consciência tranqüila e necessidades satisfeitas.
Com a sua bênção,
Catolicis Matrimonus.
Catolicis Matrimonus.
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